
Os ensinamentos do budismo são muitas vezes passados por meio de parábolas, histórias que transmitem a essência do budismo de forma simples e com bom humor. No mosteiro zen budista, onde passei uns dias no Vietnã, eu ganhei um livro com várias dessas histórias e vou traduzir algumas aqui.
Esse ensinamento, eu coloquei em prática essa semana e me senti tão leve. Foi fantástico. Uma pessoa me ofendeu, acho até que não teve a intenção, mas antes minha primeira reação seria retrucar e mostrar que ele me havia ofendido. Mas escolhi não aceitar a ofensa e continuar com o meu dia. E vida seguiu leve.
Machucando a nós mesmos
Um brâmane (sacerdote indiano) estava com raiva porque seus seguidores estavam o deixando para seguir o Buda. Ele encontrou o Buda e andou atrás dele por horas, o insultando durante todo o tempo. Quando o Buda não respondeu, O brâmane andou na frente do Buda, parou e o encarou: “Eu te insultei durante metade do dia, por que você não respondeu?”
Buda disse: “ Se você desse um lindo presente a alguém nessa vila e ele fosse recusado, o que você faria com ele?”
“Eu levaria o presente para casa comigo,” retrucou o brâmane.
“Eu não aceitei seus insultos”, disse Buda, “Agora você pode levar toda a raiva e ódio para casa com você.”
Nós não temos que aceitar insultos, vingança, sarcasmo e etc., se escolhermos não fazê-lo.
Insultos e elogios devem ser considerados como irreais, já que eles são transitórios e geralmente de pouca ou nenhuma importância para aqueles que os proferem. Somos nós que os exaltamos e nos apegamos a eles, revivendo a dor dia após dia. Ou nós podemos deixar prá lá e nos libertar. Quando meditamos, nós respiramos ar fresco e podemos liberar a dor quando seguimos a respiração, sempre retornando à respiração.
Fonte: Stories of Thien – Vietnamese Buddhist Meditation. | Author: Venerable Hue Can and Nick Mills.
Escrevi um artigo parecido, que fala sobre críticas e elogios e como podemos lidar melhor com eles. https://pensamentobudista.wordpress.com/2017/05/19/ensaio-sobre-o-ego/
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Ótimo! Vou ler. Estamos sempre aprendendo a lidar com o ego, não é mesmo?
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